De acordo com os dados provisórios divulgados pela comissão eleitoral timorense, o presidente da Frente Revolucionária de Timor Leste Independente obteve 128 266 votos (28,45 por cento) contra os 113 553 votos (25,18 por cento) garantidos por Matan Ruak.

O actual chefe de Estado, Ramos-Horta, foi pouco além dos 80 mil boletins (17,89 por cento) e reconheceu imediatamente a derrota, felicitou os dois candidatos que passaram à segunda volta, declarou a sua imparcialidade durante o restante processo, e informou ainda que a segunda volta das presidenciais será disputada na terceira semana do próximo mês de Abril.

Reagindo à vitória na primeira volta, «Lú-Olo» sublinhou que os resultados obtidos o deixam satisfeito e optimista para a disputa complementar com o «senhor Taur Matan Ruak» (Lusa).

O candidato da Fretilin frisou ainda o clima de paz e estabilidade em que decorreu o acto eleitoral, por contraste ao que aconteceu em 2007, quando as presidenciais foram realizadas no rescaldo da mais grave crise política e militar desde a desocupação do país pela Indonésia, em meados de 2006.

Em declarações à comunicação social, «Lú-Olo» manifestou também total confiança no empenho da equipa da Fretilin e na vontade soberana do povo timorense.

A missão de observação enviada pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ao sufrágio de sábado, 17, considerou o escrutínio livre, transparente, ordeiro e conforme «os princípios democráticos e do Estado de Direito», e saudou «o povo timorense pela elevada e esclarecida participação e pela forma cívica como afluiu às urnas, reflectindo assinalável maturidade política e cultura de cidadania».